O Purgatório Existe? [Parte 3 de 3]
Neste artigo, examinaremos a base bíblica usada pelos teólogos
católicos romanos para o ensino do Purgatório. Em seguida, examinaremos a
verdadeira origem desse ensino.
No artigo "O Purgatório Existe?" PARTE 1 DE 3", citamos a base do Catecismo para o ensino do
Purgatório, mas a veremos novamente no início da discussão atual.
"Todos que morrem na graça e comunhão com Deus, mas ainda
imperfeitamente purificados, têm a garantia da salvação eterna; mas após a morte
passam por uma purificação, de forma a obter a santidade necessária para entrar
no gozo dos céus. A Igreja dá o nome de Purgatório a essa purificação final..."
[Catecismo pág. 268, parágrafo 1030, 1031].
Essa é a principal base subjacente ao ensino católico romano
sobre o Purgatório. No entanto, o Catecismo é obra do homem; há alguma base
bíblica para o Purgatório? Os teólogos católicos apontam esta passagem em Mateus
como a base para o Purgatório:
"Concilia-te depressa com o teu adversário,
enquanto estás no caminho com ele, para que não aconteça que o adversário te
entregue ao juiz, e o juiz te entregue ao oficial, e te encerrem na prisão. Em
verdade te digo que de maneira nenhuma sairás dali enquanto não pagares o último
ceitil." [Mateus 5:25-26].
Essa "prisão" assim implícita nas Escrituras é considerada o
Purgatório. A implicação dessa Escritura é que, após certo tempo, o prisioneiro
pagará sua dívida e será colocado em liberdade. Essa implicação é coerente com o
ensino do Purgatório, que não dura para sempre, e que após certo tempo, todos
sairão dele e entrarão nos céus, perfeitamente purificados.
Os teólogos católicos citam também o enunciado de Jesus sobre o
Pecado Imperdoável como prova da existência do Purgatório. Vamos revisar
rapidamente essa Escritura:
"E, se qualquer disser alguma palavra
contra o Filho do homem, ser-lhe-á perdoado; mas, se alguém falar contra o
Espírito Santo, não lhe será perdoado, nem neste século nem no futuro."
[Mateus 12:32].
Essa referência aos dois mundos [os séculos, o texto grego
permite as duas traduções] é considerada como prova da existência do Purgatório.
Essas são as supostas bases bíblicas para a doutrina do
Purgatório. Os demais argumentos pró-Purgatório baseiam-se em Macabeus, que não
é reconhecido como Escritura Sagrada por nenhuma igreja, exceto a Católica
Romana, e nas tradições da Igreja, que também não são confiáveis, pois foram
escritas pelos homens e não por Deus, e foram escritas após a morte dos
apóstolos, após o fechamento do Cânon. Veja os detalhes no artigo SOLA SCRIPTURA-SOMENTE AS ESCRITURAS.
Agora, vamos examinar esses dois textos das Escrituras,
mencionados anteriormente, para ver se realmente provam a existência do
Purgatório, ou se têm outro significado. Mateus 5:25 não se refere ao Purgatório
católico romano, mas diz que o pecador é um devedor diante de Deus, seu credor.
O pecador é lançado na prisão até que pague o último centavo, o que é para
sempre, pois ele não tem os recursos para pagar a conta final. A palavra "até"
não implica necessariamente um período de tempo definido ou temporário. Em
muitas passagens da Bíblia, a palavra "até" indica claramente aquilo que é
feito, sem qualquer consideração pelo futuro. Por exemplo, Deus diz, "O SENHOR disse ao meu Senhor: Assenta-te à minha mão direita até
que ponha os teus inimigos por escabelo dos teus pés." Será que o Filho
de Deus não estará mais assentado à mão direita do Pai após seus inimigos serem
subjugados? É claro que estará. Portanto, a palavra "até" não pode ser
interpretada em Mateus 5:25 como indicadora de um período limitado de tempo,
isto é, um Purgatório.
Mesmo Mateus 12:32 não prova a existência do Purgatório; na
verdade, a expressão "nem neste século [mundo] nem no futuro" não implica que
alguns pecados são esquecidos após a morte; no entanto, é um modo enfático de
dizer a verdade que o pecador não-arrependido nunca será perdoado, como vemos em
passagens paralelas das Escrituras (Lucas 12:10 e especialmente Marcos 3:29).
Mesmo de acordo com o ensino católico romano, essa Escritura não pode
referenciar ao Purgatório, pois Jesus aqui fala de perdão, que não existe no
Purgatório, já que o devedor precisa pagar até o último centavo, seja pelas
dores do tormento ou pelo pagamento dos parentes vivos, ou uma combinação das
duas coisas.
Muito significativamente, os teólogos católicos tiveram de
confiar seu principal argumento para o Purgatório em um livro que é reconhecido
pelos maiores eruditos como apócrifo e sem valor bíblico para a maioria dos
cristãos. Na verdade, essa passagem sobre o oferecimento de dinheiro para orar
pelas almas dos mortos é suficiente para provar a falta de inspiração divina do
livro de Macabeus. Nenhum outro livro das Santas Escrituras contém essa
doutrina, que é fundamentalmente oposta aos ensinos cristãos. Na verdade,
pergunte a si mesmo por que Deus pediria que os cristãos vivos pagassem dinheiro
para aliviar as pessoas que estão no Purgatório? Qual é a utilidade do dinheiro
para Deus, que está fora do reino terreal em que o dinheiro pode fazer alguma
coisa boa? Na verdade, para quem vai o dinheiro? Obviamente, somente pode ir
para os oficiais da igreja que vivem aqui e agora. Toda essa idéia que o
pagamento por um serviço religioso pode aliviar o sofrimento de uma pessoa
querida no Purgatório apenas permite um esquema de ganhar dinheiro.
A doutrina do Purgatório não somente não tem fundamento
bíblico, mas também é contrária ao ensino claro e coerente das Escrituras. Em
nenhum lugar a Bíblia fala sobre um lugar de punição temporária após a morte dos
cristãos; no entanto, ela diz claramente que quando o cristão morre, entra no
descanso e retorna para Deus, um estado de existência que nenhum parente vivo
pode afetar de forma alguma.
"E ouvi uma voz do céu, que me dizia:
Escreve: Bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor. Sim, diz o
Espírito, para que descansem dos seus trabalhos, e as suas obras os
seguem." [Apocalipse 14:13].
"E o pó volte à terra, como o era, e o
espírito volte a Deus, que o deu." [Eclesiastes 12:7].
Agora leia o texto em Lucas 16:19-31, em que Jesus falou sobre
o homem rico e Lázaro, ambos os quais morreram e foram imediatamente para seus
lugares respectivos. O rico não-redimido foi para o Inferno enquanto que Lázaro
foi para o Céu, também conhecido como Seio de Abraão. Embora o rico tenha
implorado alívio a Abraão, este recusou ajudá-lo de alguma forma, dizendo que
havia um abismo entre os dois lugares, o que impedia a passagem de um para o
outro. Jesus não deu nenhuma indicação que o rico poderia algum dia sair do
Inferno. Certamente, se o Purgatório realmente existisse, essa história teria
dado a Jesus a oportunidade perfeita para falar sobre ele. Você percebe que
Jesus Cristo pregou mais sobre o Inferno e punição que todos os outros
escritores bíblicos juntos? Todavia, em nenhum lugar ele nos dá indicação de um
lugar de punição de tempo limitado, após o que a pessoa vai para o Céu.
Ninguém Pode Redimir sua Alma, nem a de seu Irmão
De todos os versos na Bíblia que revelam a falsidade do
Purgatório, este verso seguinte revela-o completamente. Leia atentamente:
"Nenhum deles de modo algum pode remir a seu irmão, ou
dar a Deus o resgate dele (Pois a redenção de sua alma é caríssima, e
cessará para sempre), para que viva para sempre, e não veja corrupção."
[Salmos 49:7-9]. É exatamente o que os católicos romanos estão tentando fazer
quando pagam um bom dinheiro por um serviço religioso, para livrar seus amados
recentemente falecidos desse suposto lugar chamado Purgatório!!
De acordo com essa Escritura e outros versos, ninguém pode
satisfazer a punição pelos seus pecados, pois Jesus Cristo nosso Salvador
satisfez para nós livre e completamente, por seu sacrifício na cruz. Nenhuma
obra que possamos fazer na Terra, mesmo as de uma Madre Teresa, e certamente não
o Purgatório, pode redimir nossas almas da condenação do pecado. Nossa fé em
Jesus Cristo somente obtém o perdão para nós, não alguma coisa que
possamos fazer.
"Porque pela graça sois salvos, por meio da
fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que
ninguém se glorie." [Efésios 2:8-9].
"Porque todos pecaram e destituídos estão
da glória de Deus; sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela
redenção que há em Cristo Jesus." [Romanos 3:23-24].
"Porque com uma só oblação
aperfeiçoou para sempre os que são santificados." [Hebreus 10:14].
"Portanto, agora nenhuma condenação
há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam seguindo a carne, mas
segundo o espírito." [Romanos 8:1].
Reflita atentamente sobre esse verso. O Purgatório é uma
condenação, embora supostamente temporária. No entanto, a Bíblia diz que nenhuma
condenação há para aqueles que estão em Cristo Jesus! O próprio Jesus nos disse
esta maravilhosa verdade: "Quem crê nele não é condenado; mas quem não
crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus."
[João 3:18]. Como o Purgatório é uma condenação, ele não pode existir!
A doutrina do Purgatório não tem base na Bíblia; baseia-se nas
invenções da Igreja Católica Romana, isto é, pecado venial e punição temporária
do pecado após a morte. De acordo com os teólogos católicos, uma pessoa pode
cometer dois tipos de pecados contra Deus: o mortal e o venial. O pecado mortal
é uma ofensa grave contra a lei de Deus ou da Igreja. É chamado de "mortal",
pois mata a alma privando-a totalmente da graça santificadora. O pecado venial é
uma ofensa pequena contra Deus e as leis da Igreja, mas é perdoável.
Em seguida, essa doutrina confusa e sem base nas Escrituras
continua: Dois tipos de punição são devidos ao pecado mortal: o eterno (no
Inferno para sempre), e o temporário (no Purgatório). A punição eterna é
cancelada pelos "sacramentos" do Batismo e da Extrema Unção, ou por um ato de
perfeita contrição com a promessa de confissão.
A punição temporária não é cancelada por esses sacramentos, mas
pelas obras de penitência, pagando-se um sacerdote para rezar uma Missa, pelas
indulgências, etc., o que reduz a punição temporal pelos pecados mortais que
teria de ser sofrida no Purgatório. Assim, mesmo se os pecados mortais de um
católico romano são "perdoados" em confissão ao sacerdote, mas o paroquiano não
realiza "boas obras" suficientes, ele irá para o Purgatório e permanecerá ali em
tormentos até que sua alma esteja completamente purificada.
Os teólogos católicos romanos tentam provar a doutrina do
pecado venial e a punição temporária dos pecados veniais e mortais após a morte,
citando as seguintes Escrituras:
"Mas não me deram ouvidos, nem inclinaram
os seus ouvidos, mas endureceram a sua cerviz, e fizeram pior do que seus
pais." [Jeremias 7:26].
"Nenhum poder terias contra mim, se de cima
não te fosse dado; mas aquele que me entregou a ti maior pecado tem."
[João 19:11, palavras de Jesus Cristo a Pilatos].
Em muitas outras passagens da Bíblia, também lemos que é
possível pecar e ainda permanecer justo, mas como alguém pode cometer um pecado
mortal e ser justo ao mesmo tempo? Deve haver alguma distinção entre pecados que
matam a alma e tornam um homem justo em injusto, e outros pecados que um homem
justo pode cometer e ainda permanecer justo. Provérbios 24:16 diz: "Porque sete vezes cairá o justo, e se levantará; mas os ímpios
tropeçarão no mal." E, em Tiago 3:2, lemos "Porque
todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça em palavra, o tal é
perfeito, e poderoso para também refrear todo o corpo.".
Jesus também advertiu, "Mas eu vos digo que
de toda a palavra ociosa que os homens disserem, hão de dar conta no dia do
juízo." [Mateus 12:36].
Assim, os teólogos católicos concluíram que toda palavra ociosa
certamente não pode ser um pecado mortal, merecedora da morte.
A Bíblia Não Traça Nenhuma Distinção Entre os Pecados
De acordo com a Bíblia, não há distinção entre pecados mortais
e veniais. É verdade que nem todos os pecados são hediondos, mas ao mesmo tempo,
é igualmente verdade que todos os pecados trazem morte à alma. Os judeus tinham
feito pior que seus pais; aqueles que entregaram Jesus à morte cometeram um
pecado maior que o de Pilatos. Mas quem ousaria dizer que por causa disso, os
antigos hebreus e Pilatos cometeram pecados facilmente perdoáveis, ou meros
pecados "veniais"?
Certamente, o apóstolo Paulo não fez distinção alguma entre os
pecados quando escreveu:
"Porque o salário do pecado é a morte, mas
o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor."
[Romanos 6:23].
Novamente, em Gálatas 3:10, ele diz:
"Todos aqueles, pois, que são das obras da
lei estão debaixo da maldição; porque está escrito: 'Maldito todo aquele que não
permanecer em todas as coisas que estão escritas no livro da lei', para
fazê-las.".
Em Tiago 2:10, temos:
"Porque qualquer que guardar toda a lei, e
tropeçar em um só ponto, tornou-se culpado de todos.".
A desobediência de Adão e Eva ao comerem do fruto no Jardim do
Éden parece ser um pecado pequeno. No entanto, como Deus advertiu, eles acabaram
morrendo por causa daquele pecado, e a morte e o pecado foram permanentemente
introduzidos no mundo. As conseqüências do pecado de Adão e Eva foram
absolutamente ENORMES, MONSTRUOSAS!! Portanto, a suposta distinção entre
pecados mortais e veniais é arbitrária e absurda. Essa distinção não tem
fundamento na lógica nem nas Escrituras.
No entanto, quando observamos o resultado financeiro desse
ensino, podemos ver por que a Igreja Católica Romana está tão interessada em
manter o ensino que existe uma distinção entre pecados mortais e veniais. A
apostasia da Igreja de Roma nessa questão está enraizada no desejo pelo dinheiro
e no poder sobre as pessoas. A invenção do pecado venial possibilitou o ensino
do Purgatório — o fogo que não consome as pobres almas dos amados que já
partiram, mas que mantém os cofres cheios de dinheiro.
Veja: é impossível ganhar dinheiro com o ensino bíblico
verdadeiro que não há distinção entre os pecados; que o Inferno é para toda a
eternidade para os incrédulos e o Céu para aqueles que creram no poder salvador
de Jesus Cristo. As almas que estão nos céus não precisam de missas rezadas por
sacerdotes aqui na Terra, e as almas que estão no Inferno não serão libertadas
mediante a ministração dos sacerdotes ou acendendo-se velas nos santuários da
Virgem Maria ou dos santos. Mas, se existem pecados que tornam um homem não bom
o suficiente para ir imediatamente aos céus, porém não tão mau para ser enviado
ao Inferno, então é necessário inventar um lugar onde aqueles que morrem
com pecados veniais ainda não perdoados sejam purificados.
Assim, o dinheiro realmente acumula-se nos cofres da Igreja. É
fácil dizer que essas almas no Purgatório não podem ajudar a si mesmas, e que
nem Deus pode ajudá-las, mas que elas podem ser ajudadas por um sacerdote na
Terra que reze missa para elas.
A doutrina do Purgatório é uma mina de ouro para a Igreja
Católica Romana. No entanto, o Purgatório seria de pouco valor se não fosse pela
distinção mágica entre pecados mortais e veniais, sem consideração pelo
ensino bíblico. O falso ensino do Purgatório lança grande desonra sobre a obra
redentora de Jesus Cristo. O Purgatório reduz a plenitude e a natureza perfeita
do amor de Jesus pela sua igreja, e nega a natureza completa e suficiente de seu
sacrifício na cruz e de seu papel como nosso intercessor [Leia na PARTE 2 ]desta série um estudo sobre o fato
maravilhoso que Jesus pagou a dívida COMPLETA dos nossos pecados.].
A Igreja Católica Romana não pode nem mesmo receber o crédito
por ter criado essa rentosa doutrina que é o Purgatório. Verificamos que esse
ensino existiu primeiro no paganismo antigo, na mitologia babilônica, grega,
egípcia e romana. Na antiga Roma pagã havia uma festa de purificação chamada
"Sacrum Purgatorium". O reverendo Alexander Hislop observa em seu livro The
Two Babylons [As Duas Babilônias]: "Examinando tanto nos tempos antigos
quanto nos modernos, vemos que o paganismo deixa esperança após a morte para os
pecadores que, ao tempo da morte, estavam conscientes do seu despreparo para
habitar na bem-aventurança. Para esse propósito, um estado intermediário foi
inventado, no qual, por meio das dores purgativas, a culpa não-removida durante
a vida pudesse, em um mundo futuro, ser purificada, e a alma preparada para a
bem-aventurança final.".
"Na Grécia... Platão, falando sobre o julgamento futuro dos
mortos, expressa a esperança de livramento final para todos, mas afirma que,
'dentre os que são julgados', alguns precisam 'seguir para um lugar subterrâneo
de julgamento, onde sofrerão a punição que merecem', enquanto outros, em
conseqüência de um julgamento favorável, serão levados imediatamente a certo
lugar celestial."
"Na Roma pagã, o purgatório existia igualmente na mente das
pessoas; mas parece que não oferecia esperança de libertação das dores."
[Alexander Hislop, The Two Babylons, pág. 167].
"No Egito, ensinava-se basicamente a mesma doutrina do
Purgatório. Quando essa doutrina do Purgatório foi admitida na mente popular, a
porta ficou aberta para todas as formas de extorsões por parte dos
sacerdotes. As orações dos egípcios pelos mortos caminhavam de mãos dadas
com a doutrina do Purgatório; no entanto, as orações não eram consideradas
eficazes sem a interposição dos sacerdotes; e as funções sacerdotais não eram
oferecidas gratuitamente. Portanto, em todas as terras, encontramos o sacerdócio
pagão 'devorando as casas das viúvas' e explorando o sentimento das pessoas com
de perda dos parentes e a preocupação com a felicidade imortal dos amados
falecidos." [Ibidem, págs. 167-168].
Quando pesquisei a palavra "Purgatório" na enciclopédia,
encontrei um vínculo com o hinduísmo e o budismo, que não imaginava que
existisse. "Os hindus e budistas, que crêem na transmigração das almas, também
crêem nos céus e nos infernos onde as almas que não renascem imediatamente,
passam certo tempo, de acordo com suas obras, antes da próxima encarnação. Esses
são, de fato, equivalentes ao purgatório porque são estados temporais no longo
progresso da alma para a eventual salvação final." [The Encyclopedia
Americana, International Version, vol 23, artigo "Purgatory", pág.
19, 1997] Você observou as palavras "não imediatamente renascidas" nesta
definição do Purgatório pagão do hinduísmo e do budismo? Esse termo é exatamente
o que explica o ensino do Purgatório no catolicismo, isto é, as almas não estão
suficientemente purificadas para terem o direito de ir aos céus. Assim, você
pode acrescentar as falsas religiões do hinduísmo e do budismo na lista de
religiões pagãs que ensinam a existência do Purgatório. A crença no
Purgatório É PAGÃ.
Assim, caros amigos católicos, você podem ver duas coisas como
resultado da leitura destes artigos sobre o Purgatório. Primeiro, podem ver que
não há base bíblica alguma para essa doutrina. Segundo, podem ver que as
religiões de mistério antigas inventaram o Purgatório vários milhares de anos
antes de a Igreja Católica adotar esse ensino. O Purgatório é somente um dos
muitos ensinos católicos romanos que se originaram no paganismo antigo. É um
ensino de origem pagã, não cristã. Tudo o que a Igreja Católica fez foi
ressuscitar esse ensino pagão dar-lhe nomes cristãos e distorcer alguns versos
bíblicos para fazê-los dizer o que nunca disseram.
A realidade, conforme ensinada nas Escrituras é muito
mais bendita para o cristão nascido de novo, e muito mais séria para os
não-redimidos. O cristão redimido tem todos seus pecados perdoados pelo
sacrifício de Jesus Cristo, e recebe a certeza que não passará por nenhum
julgamento para determinar sua salvação. Como o sangue de Jesus pagou toda a
dívida do pecado, o cristão passa imediatamente para o Paraíso, exatamente
como Jesus prometeu ao ladrão na cruz! No entanto, a alma não-redimida passa
imediatamente para o Inferno, onde fica em tormentos continuamente até o dia do
julgamento diante do Grande Trono Branco, onde será julgada de acordo com suas
obras, pensamentos e motivos. Em seguida, será lançada no lago de fogo e
enxofre, por toda a eternidade, e o tormento nunca cessará!
A verdade tem um aspecto muito bom e outro muito sério. O ponto
divisor é o momento da morte física. Caro amigo, imploramos que compreenda a
verdade bíblica que acabamos de compartilhar com você e que aceite Jesus Cristo
como seu Salvador pessoal, confiando nele e em seu sacrifício somente
para sua salvação, não nas obras que a Igreja Católica diz que você precisa
realizar.
Jesus pagou completamente a dívida do pecado!
"E conhecereis a verdade, e a verdade vos
libertará." [João 8:32].
Se você nunca colocou sua confiança em Jesus Cristo como
Salvador, mas entendeu que ele é real e que o fim dos tempos está próximo, e
quer receber o Dom Gratuito da Vida Eterna, pode fazer isso agora, na
privacidade do seu lar. Após confiar em Jesus Cristo como seu Salvador, você
nasce de novo espiritualmente e passa a ter a certeza da vida eterna nos céus,
como se já estivesse lá.
Neste artigo, examinaremos a base bíblica usada pelos teólogos
católicos romanos para o ensino do Purgatório. Em seguida, examinaremos a
verdadeira origem desse ensino.
No artigo "O Purgatório Existe?" PARTE 1 DE 3", citamos a base do Catecismo para o ensino do
Purgatório, mas a veremos novamente no início da discussão atual.
"Todos que morrem na graça e comunhão com Deus, mas ainda imperfeitamente purificados, têm a garantia da salvação eterna; mas após a morte passam por uma purificação, de forma a obter a santidade necessária para entrar no gozo dos céus. A Igreja dá o nome de Purgatório a essa purificação final..." [Catecismo pág. 268, parágrafo 1030, 1031].
Essa é a principal base subjacente ao ensino católico romano
sobre o Purgatório. No entanto, o Catecismo é obra do homem; há alguma base
bíblica para o Purgatório? Os teólogos católicos apontam esta passagem em Mateus
como a base para o Purgatório:
"Concilia-te depressa com o teu adversário, enquanto estás no caminho com ele, para que não aconteça que o adversário te entregue ao juiz, e o juiz te entregue ao oficial, e te encerrem na prisão. Em verdade te digo que de maneira nenhuma sairás dali enquanto não pagares o último ceitil." [Mateus 5:25-26].
Essa "prisão" assim implícita nas Escrituras é considerada o
Purgatório. A implicação dessa Escritura é que, após certo tempo, o prisioneiro
pagará sua dívida e será colocado em liberdade. Essa implicação é coerente com o
ensino do Purgatório, que não dura para sempre, e que após certo tempo, todos
sairão dele e entrarão nos céus, perfeitamente purificados.
Os teólogos católicos citam também o enunciado de Jesus sobre o
Pecado Imperdoável como prova da existência do Purgatório. Vamos revisar
rapidamente essa Escritura:
"E, se qualquer disser alguma palavra contra o Filho do homem, ser-lhe-á perdoado; mas, se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado, nem neste século nem no futuro." [Mateus 12:32].
Essa referência aos dois mundos [os séculos, o texto grego
permite as duas traduções] é considerada como prova da existência do Purgatório.
Essas são as supostas bases bíblicas para a doutrina do
Purgatório. Os demais argumentos pró-Purgatório baseiam-se em Macabeus, que não
é reconhecido como Escritura Sagrada por nenhuma igreja, exceto a Católica
Romana, e nas tradições da Igreja, que também não são confiáveis, pois foram
escritas pelos homens e não por Deus, e foram escritas após a morte dos
apóstolos, após o fechamento do Cânon. Veja os detalhes no artigo SOLA SCRIPTURA-SOMENTE AS ESCRITURAS.
Agora, vamos examinar esses dois textos das Escrituras,
mencionados anteriormente, para ver se realmente provam a existência do
Purgatório, ou se têm outro significado. Mateus 5:25 não se refere ao Purgatório
católico romano, mas diz que o pecador é um devedor diante de Deus, seu credor.
O pecador é lançado na prisão até que pague o último centavo, o que é para
sempre, pois ele não tem os recursos para pagar a conta final. A palavra "até"
não implica necessariamente um período de tempo definido ou temporário. Em
muitas passagens da Bíblia, a palavra "até" indica claramente aquilo que é
feito, sem qualquer consideração pelo futuro. Por exemplo, Deus diz, "O SENHOR disse ao meu Senhor: Assenta-te à minha mão direita até
que ponha os teus inimigos por escabelo dos teus pés." Será que o Filho
de Deus não estará mais assentado à mão direita do Pai após seus inimigos serem
subjugados? É claro que estará. Portanto, a palavra "até" não pode ser
interpretada em Mateus 5:25 como indicadora de um período limitado de tempo,
isto é, um Purgatório.
Mesmo Mateus 12:32 não prova a existência do Purgatório; na
verdade, a expressão "nem neste século [mundo] nem no futuro" não implica que
alguns pecados são esquecidos após a morte; no entanto, é um modo enfático de
dizer a verdade que o pecador não-arrependido nunca será perdoado, como vemos em
passagens paralelas das Escrituras (Lucas 12:10 e especialmente Marcos 3:29).
Mesmo de acordo com o ensino católico romano, essa Escritura não pode
referenciar ao Purgatório, pois Jesus aqui fala de perdão, que não existe no
Purgatório, já que o devedor precisa pagar até o último centavo, seja pelas
dores do tormento ou pelo pagamento dos parentes vivos, ou uma combinação das
duas coisas.
Muito significativamente, os teólogos católicos tiveram de
confiar seu principal argumento para o Purgatório em um livro que é reconhecido
pelos maiores eruditos como apócrifo e sem valor bíblico para a maioria dos
cristãos. Na verdade, essa passagem sobre o oferecimento de dinheiro para orar
pelas almas dos mortos é suficiente para provar a falta de inspiração divina do
livro de Macabeus. Nenhum outro livro das Santas Escrituras contém essa
doutrina, que é fundamentalmente oposta aos ensinos cristãos. Na verdade,
pergunte a si mesmo por que Deus pediria que os cristãos vivos pagassem dinheiro
para aliviar as pessoas que estão no Purgatório? Qual é a utilidade do dinheiro
para Deus, que está fora do reino terreal em que o dinheiro pode fazer alguma
coisa boa? Na verdade, para quem vai o dinheiro? Obviamente, somente pode ir
para os oficiais da igreja que vivem aqui e agora. Toda essa idéia que o
pagamento por um serviço religioso pode aliviar o sofrimento de uma pessoa
querida no Purgatório apenas permite um esquema de ganhar dinheiro.
A doutrina do Purgatório não somente não tem fundamento
bíblico, mas também é contrária ao ensino claro e coerente das Escrituras. Em
nenhum lugar a Bíblia fala sobre um lugar de punição temporária após a morte dos
cristãos; no entanto, ela diz claramente que quando o cristão morre, entra no
descanso e retorna para Deus, um estado de existência que nenhum parente vivo
pode afetar de forma alguma.
"E ouvi uma voz do céu, que me dizia: Escreve: Bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem dos seus trabalhos, e as suas obras os seguem." [Apocalipse 14:13]."E o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu." [Eclesiastes 12:7].
Agora leia o texto em Lucas 16:19-31, em que Jesus falou sobre
o homem rico e Lázaro, ambos os quais morreram e foram imediatamente para seus
lugares respectivos. O rico não-redimido foi para o Inferno enquanto que Lázaro
foi para o Céu, também conhecido como Seio de Abraão. Embora o rico tenha
implorado alívio a Abraão, este recusou ajudá-lo de alguma forma, dizendo que
havia um abismo entre os dois lugares, o que impedia a passagem de um para o
outro. Jesus não deu nenhuma indicação que o rico poderia algum dia sair do
Inferno. Certamente, se o Purgatório realmente existisse, essa história teria
dado a Jesus a oportunidade perfeita para falar sobre ele. Você percebe que
Jesus Cristo pregou mais sobre o Inferno e punição que todos os outros
escritores bíblicos juntos? Todavia, em nenhum lugar ele nos dá indicação de um
lugar de punição de tempo limitado, após o que a pessoa vai para o Céu.
Ninguém Pode Redimir sua Alma, nem a de seu Irmão
De todos os versos na Bíblia que revelam a falsidade do
Purgatório, este verso seguinte revela-o completamente. Leia atentamente:
"Nenhum deles de modo algum pode remir a seu irmão, ou
dar a Deus o resgate dele (Pois a redenção de sua alma é caríssima, e
cessará para sempre), para que viva para sempre, e não veja corrupção."
[Salmos 49:7-9]. É exatamente o que os católicos romanos estão tentando fazer
quando pagam um bom dinheiro por um serviço religioso, para livrar seus amados
recentemente falecidos desse suposto lugar chamado Purgatório!!
De acordo com essa Escritura e outros versos, ninguém pode
satisfazer a punição pelos seus pecados, pois Jesus Cristo nosso Salvador
satisfez para nós livre e completamente, por seu sacrifício na cruz. Nenhuma
obra que possamos fazer na Terra, mesmo as de uma Madre Teresa, e certamente não
o Purgatório, pode redimir nossas almas da condenação do pecado. Nossa fé em
Jesus Cristo somente obtém o perdão para nós, não alguma coisa que
possamos fazer.
"Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie." [Efésios 2:8-9]."Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus; sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus." [Romanos 3:23-24]."Porque com uma só oblação aperfeiçoou para sempre os que são santificados." [Hebreus 10:14]."Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam seguindo a carne, mas segundo o espírito." [Romanos 8:1].
Reflita atentamente sobre esse verso. O Purgatório é uma
condenação, embora supostamente temporária. No entanto, a Bíblia diz que nenhuma
condenação há para aqueles que estão em Cristo Jesus! O próprio Jesus nos disse
esta maravilhosa verdade: "Quem crê nele não é condenado; mas quem não
crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus."
[João 3:18]. Como o Purgatório é uma condenação, ele não pode existir!
A doutrina do Purgatório não tem base na Bíblia; baseia-se nas
invenções da Igreja Católica Romana, isto é, pecado venial e punição temporária
do pecado após a morte. De acordo com os teólogos católicos, uma pessoa pode
cometer dois tipos de pecados contra Deus: o mortal e o venial. O pecado mortal
é uma ofensa grave contra a lei de Deus ou da Igreja. É chamado de "mortal",
pois mata a alma privando-a totalmente da graça santificadora. O pecado venial é
uma ofensa pequena contra Deus e as leis da Igreja, mas é perdoável.
Em seguida, essa doutrina confusa e sem base nas Escrituras
continua: Dois tipos de punição são devidos ao pecado mortal: o eterno (no
Inferno para sempre), e o temporário (no Purgatório). A punição eterna é
cancelada pelos "sacramentos" do Batismo e da Extrema Unção, ou por um ato de
perfeita contrição com a promessa de confissão.
A punição temporária não é cancelada por esses sacramentos, mas
pelas obras de penitência, pagando-se um sacerdote para rezar uma Missa, pelas
indulgências, etc., o que reduz a punição temporal pelos pecados mortais que
teria de ser sofrida no Purgatório. Assim, mesmo se os pecados mortais de um
católico romano são "perdoados" em confissão ao sacerdote, mas o paroquiano não
realiza "boas obras" suficientes, ele irá para o Purgatório e permanecerá ali em
tormentos até que sua alma esteja completamente purificada.
Os teólogos católicos romanos tentam provar a doutrina do
pecado venial e a punição temporária dos pecados veniais e mortais após a morte,
citando as seguintes Escrituras:
"Mas não me deram ouvidos, nem inclinaram os seus ouvidos, mas endureceram a sua cerviz, e fizeram pior do que seus pais." [Jeremias 7:26]."Nenhum poder terias contra mim, se de cima não te fosse dado; mas aquele que me entregou a ti maior pecado tem." [João 19:11, palavras de Jesus Cristo a Pilatos].
Em muitas outras passagens da Bíblia, também lemos que é
possível pecar e ainda permanecer justo, mas como alguém pode cometer um pecado
mortal e ser justo ao mesmo tempo? Deve haver alguma distinção entre pecados que
matam a alma e tornam um homem justo em injusto, e outros pecados que um homem
justo pode cometer e ainda permanecer justo. Provérbios 24:16 diz: "Porque sete vezes cairá o justo, e se levantará; mas os ímpios
tropeçarão no mal." E, em Tiago 3:2, lemos "Porque
todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça em palavra, o tal é
perfeito, e poderoso para também refrear todo o corpo.".
Jesus também advertiu, "Mas eu vos digo que
de toda a palavra ociosa que os homens disserem, hão de dar conta no dia do
juízo." [Mateus 12:36].
Assim, os teólogos católicos concluíram que toda palavra ociosa
certamente não pode ser um pecado mortal, merecedora da morte.
A Bíblia Não Traça Nenhuma Distinção Entre os Pecados
De acordo com a Bíblia, não há distinção entre pecados mortais
e veniais. É verdade que nem todos os pecados são hediondos, mas ao mesmo tempo,
é igualmente verdade que todos os pecados trazem morte à alma. Os judeus tinham
feito pior que seus pais; aqueles que entregaram Jesus à morte cometeram um
pecado maior que o de Pilatos. Mas quem ousaria dizer que por causa disso, os
antigos hebreus e Pilatos cometeram pecados facilmente perdoáveis, ou meros
pecados "veniais"?
Certamente, o apóstolo Paulo não fez distinção alguma entre os
pecados quando escreveu:
Novamente, em Gálatas 3:10, ele diz:"Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor." [Romanos 6:23].
Em Tiago 2:10, temos:"Todos aqueles, pois, que são das obras da lei estão debaixo da maldição; porque está escrito: 'Maldito todo aquele que não permanecer em todas as coisas que estão escritas no livro da lei', para fazê-las.".
"Porque qualquer que guardar toda a lei, e tropeçar em um só ponto, tornou-se culpado de todos.".
A desobediência de Adão e Eva ao comerem do fruto no Jardim do
Éden parece ser um pecado pequeno. No entanto, como Deus advertiu, eles acabaram
morrendo por causa daquele pecado, e a morte e o pecado foram permanentemente
introduzidos no mundo. As conseqüências do pecado de Adão e Eva foram
absolutamente ENORMES, MONSTRUOSAS!! Portanto, a suposta distinção entre
pecados mortais e veniais é arbitrária e absurda. Essa distinção não tem
fundamento na lógica nem nas Escrituras.
No entanto, quando observamos o resultado financeiro desse
ensino, podemos ver por que a Igreja Católica Romana está tão interessada em
manter o ensino que existe uma distinção entre pecados mortais e veniais. A
apostasia da Igreja de Roma nessa questão está enraizada no desejo pelo dinheiro
e no poder sobre as pessoas. A invenção do pecado venial possibilitou o ensino
do Purgatório — o fogo que não consome as pobres almas dos amados que já
partiram, mas que mantém os cofres cheios de dinheiro.
Veja: é impossível ganhar dinheiro com o ensino bíblico
verdadeiro que não há distinção entre os pecados; que o Inferno é para toda a
eternidade para os incrédulos e o Céu para aqueles que creram no poder salvador
de Jesus Cristo. As almas que estão nos céus não precisam de missas rezadas por
sacerdotes aqui na Terra, e as almas que estão no Inferno não serão libertadas
mediante a ministração dos sacerdotes ou acendendo-se velas nos santuários da
Virgem Maria ou dos santos. Mas, se existem pecados que tornam um homem não bom
o suficiente para ir imediatamente aos céus, porém não tão mau para ser enviado
ao Inferno, então é necessário inventar um lugar onde aqueles que morrem
com pecados veniais ainda não perdoados sejam purificados.
Assim, o dinheiro realmente acumula-se nos cofres da Igreja. É
fácil dizer que essas almas no Purgatório não podem ajudar a si mesmas, e que
nem Deus pode ajudá-las, mas que elas podem ser ajudadas por um sacerdote na
Terra que reze missa para elas.
A doutrina do Purgatório é uma mina de ouro para a Igreja
Católica Romana. No entanto, o Purgatório seria de pouco valor se não fosse pela
distinção mágica entre pecados mortais e veniais, sem consideração pelo
ensino bíblico. O falso ensino do Purgatório lança grande desonra sobre a obra
redentora de Jesus Cristo. O Purgatório reduz a plenitude e a natureza perfeita
do amor de Jesus pela sua igreja, e nega a natureza completa e suficiente de seu
sacrifício na cruz e de seu papel como nosso intercessor [Leia na PARTE 2 ]desta série um estudo sobre o fato
maravilhoso que Jesus pagou a dívida COMPLETA dos nossos pecados.].
A Igreja Católica Romana não pode nem mesmo receber o crédito
por ter criado essa rentosa doutrina que é o Purgatório. Verificamos que esse
ensino existiu primeiro no paganismo antigo, na mitologia babilônica, grega,
egípcia e romana. Na antiga Roma pagã havia uma festa de purificação chamada
"Sacrum Purgatorium". O reverendo Alexander Hislop observa em seu livro The
Two Babylons [As Duas Babilônias]: "Examinando tanto nos tempos antigos
quanto nos modernos, vemos que o paganismo deixa esperança após a morte para os
pecadores que, ao tempo da morte, estavam conscientes do seu despreparo para
habitar na bem-aventurança. Para esse propósito, um estado intermediário foi
inventado, no qual, por meio das dores purgativas, a culpa não-removida durante
a vida pudesse, em um mundo futuro, ser purificada, e a alma preparada para a
bem-aventurança final.".
"Na Grécia... Platão, falando sobre o julgamento futuro dos mortos, expressa a esperança de livramento final para todos, mas afirma que, 'dentre os que são julgados', alguns precisam 'seguir para um lugar subterrâneo de julgamento, onde sofrerão a punição que merecem', enquanto outros, em conseqüência de um julgamento favorável, serão levados imediatamente a certo lugar celestial.""Na Roma pagã, o purgatório existia igualmente na mente das pessoas; mas parece que não oferecia esperança de libertação das dores." [Alexander Hislop, The Two Babylons, pág. 167]."No Egito, ensinava-se basicamente a mesma doutrina do Purgatório. Quando essa doutrina do Purgatório foi admitida na mente popular, a porta ficou aberta para todas as formas de extorsões por parte dos sacerdotes. As orações dos egípcios pelos mortos caminhavam de mãos dadas com a doutrina do Purgatório; no entanto, as orações não eram consideradas eficazes sem a interposição dos sacerdotes; e as funções sacerdotais não eram oferecidas gratuitamente. Portanto, em todas as terras, encontramos o sacerdócio pagão 'devorando as casas das viúvas' e explorando o sentimento das pessoas com de perda dos parentes e a preocupação com a felicidade imortal dos amados falecidos." [Ibidem, págs. 167-168].
Quando pesquisei a palavra "Purgatório" na enciclopédia,
encontrei um vínculo com o hinduísmo e o budismo, que não imaginava que
existisse. "Os hindus e budistas, que crêem na transmigração das almas, também
crêem nos céus e nos infernos onde as almas que não renascem imediatamente,
passam certo tempo, de acordo com suas obras, antes da próxima encarnação. Esses
são, de fato, equivalentes ao purgatório porque são estados temporais no longo
progresso da alma para a eventual salvação final." [The Encyclopedia
Americana, International Version, vol 23, artigo "Purgatory", pág.
19, 1997] Você observou as palavras "não imediatamente renascidas" nesta
definição do Purgatório pagão do hinduísmo e do budismo? Esse termo é exatamente
o que explica o ensino do Purgatório no catolicismo, isto é, as almas não estão
suficientemente purificadas para terem o direito de ir aos céus. Assim, você
pode acrescentar as falsas religiões do hinduísmo e do budismo na lista de
religiões pagãs que ensinam a existência do Purgatório. A crença no
Purgatório É PAGÃ.
Assim, caros amigos católicos, você podem ver duas coisas como
resultado da leitura destes artigos sobre o Purgatório. Primeiro, podem ver que
não há base bíblica alguma para essa doutrina. Segundo, podem ver que as
religiões de mistério antigas inventaram o Purgatório vários milhares de anos
antes de a Igreja Católica adotar esse ensino. O Purgatório é somente um dos
muitos ensinos católicos romanos que se originaram no paganismo antigo. É um
ensino de origem pagã, não cristã. Tudo o que a Igreja Católica fez foi
ressuscitar esse ensino pagão dar-lhe nomes cristãos e distorcer alguns versos
bíblicos para fazê-los dizer o que nunca disseram.
A realidade, conforme ensinada nas Escrituras é muito
mais bendita para o cristão nascido de novo, e muito mais séria para os
não-redimidos. O cristão redimido tem todos seus pecados perdoados pelo
sacrifício de Jesus Cristo, e recebe a certeza que não passará por nenhum
julgamento para determinar sua salvação. Como o sangue de Jesus pagou toda a
dívida do pecado, o cristão passa imediatamente para o Paraíso, exatamente
como Jesus prometeu ao ladrão na cruz! No entanto, a alma não-redimida passa
imediatamente para o Inferno, onde fica em tormentos continuamente até o dia do
julgamento diante do Grande Trono Branco, onde será julgada de acordo com suas
obras, pensamentos e motivos. Em seguida, será lançada no lago de fogo e
enxofre, por toda a eternidade, e o tormento nunca cessará!
A verdade tem um aspecto muito bom e outro muito sério. O ponto
divisor é o momento da morte física. Caro amigo, imploramos que compreenda a
verdade bíblica que acabamos de compartilhar com você e que aceite Jesus Cristo
como seu Salvador pessoal, confiando nele e em seu sacrifício somente
para sua salvação, não nas obras que a Igreja Católica diz que você precisa
realizar.
Jesus pagou completamente a dívida do pecado!
"E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará." [João 8:32].
Se você nunca colocou sua confiança em Jesus Cristo como
Salvador, mas entendeu que ele é real e que o fim dos tempos está próximo, e
quer receber o Dom Gratuito da Vida Eterna, pode fazer isso agora, na
privacidade do seu lar. Após confiar em Jesus Cristo como seu Salvador, você
nasce de novo espiritualmente e passa a ter a certeza da vida eterna nos céus,
como se já estivesse lá.
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